Fonte: Jama Network Open
Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Yonsei, na Coreia do Sul, sugere que seja possível diagnosticar o transtorno do espectro autista (TEA) a partir de alterações na retina captadas por imagens, e analisadas com auxílio de inteligência artificial.
O trabalho incluiu 958 participantes, sendo 479 com TEA. A maioria (81,8%) meninos, com idade média de 7,8 anos.
A retina e o nervo óptico funcionam como uma extensão do sistema nervoso central e podem servir de biomarcadores, fornecendo muitas informações não invasivas do cérebro.
As descobertas sugerem que a área do disco óptico é crucial para a diferenciação entre indivíduos com TEA e desenvolvimento típico. A precisão dos resultados surpreendeu os pesquisadores, atingindo 100% dos casos.
Contudo, o método não foi tão eficaz em predizer a gravidade dos sintomas.
Mesmo assim, os autores concluem que o estudo representa um passo notável em direção ao desenvolvimento de ferramentas de triagem objetivas para o TEA, o que pode ajudar a resolver questões urgentes, como a inacessibilidade de avaliações especializadas em psiquiatria infantil devido a recursos limitados.
Veja o estudo completo aqui.