Fonte: Redação
A hipertensão arterial é o principal fator de risco modificável para doenças cardiovasculares. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). A doença costuma evoluir silenciosamente, sem sintomas, ocasionando alterações estruturais e/ou funcionais em órgãos-alvo, como coração, cérebro, rins e vasos, de acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, de 2020. Em todo o Brasil, estima-se que 26% dos adultos tenham diagnóstico da doença, segundo o Ministério da Saúde.
Esse número cresceu cerca de quatro pontos percentuais entre 2006 e 2021, sendo que a variação foi ainda maior na população brasileira masculina, de 5,9%, conforme dados foram levantados pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). O alerta para o problema ganha destaque nesta quarta-feira, dia 17, data em que é celebrado o Dia Mundial da Hipertensão.
Mortalidade
De acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), de 2010 a 2020, foram registradas 551.262 mortes por doenças hipertensivas, sendo 292.339 em mulheres e 258.871 em homens. Entre os estados com maior taxa de mortalidade em 2020, estão: Piauí (45,7 óbitos / 100 mil habitantes), Rio de Janeiro (44,6 óbitos / 100 mil habitantes) e Alagoas (38,8 óbitos / 100 mil habitantes).
Doença evitável
A hipertensão arterial integra um grupo de doenças passíveis de serem evitadas por meio de hábitos modificáveis, relacionados ao consumo de álcool e tabaco, alimentação inadequada, obesidade e sedentarismo, fatores de risco para a doença.
Saúde cardiovascular
Considerada o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, a hipertensão arterial Sistêmica (HAS), mais conhecida como “pressão alta”, quando não controlada, leva a complicações como insuficiência cardíaca, insuficiência renal e acidente vascular cerebral, contribuindo de forma expressiva para a perda de anos de vida saudável na população.
A hipertensão arterial, por fazer parte do grupo das Doenças Crônicas não Transmissíveis, está relacionada à meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que propõe, até 2030, reduzir, em um terço, a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis por meio de prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar.
Prevenção
A pressão alta não tem cura, mas pode ser controlada a partir de tratamento com medicamentos e a adoção de hábitos saudáveis de alimentação e atividade física.
Deve-se evitar o consumo de ultraprocessados, priorizando alimentos naturais e ampliando o consumo de frutas, verduras, legumes, produtos lácteos com baixo teor de gordura, cereais integrais, peixes, aves e oleaginosas (castanhas, amendoim, nozes).
Frutas como banana, laranja-pera, mexerica ou tangerina, mamão formosa, goiaba, abacate, melão e oleaginosas (castanhas, amendoim, nozes) contribuem para maior ingestão de potássio, que podem auxiliar no manejo da pressão arterial.