Fonte: Redação
Existe uma crise estrutural na saúde suplementar. “A população envelhece, as ineficiências se mantêm, o emprego não cresce, a renda não se distribui, os planos se tornam caros demais e as empresas resistem em pagá-los. Nada disso é novo e tudo isso se soma na situação de hoje”, afirma Antônio Britto, diretor-executivo da ANAHP (Associação Nacional dos Hospitais Privados), em seu artigo “Hora de mudar a forma de agir”. O texto faz parte da edição 2024 do Observatório da Anahp, que reúne diversos indicadores do setor hospitalar e da saúde em geral.
“A saúde tornou-se cara demais para o bolso das empresas e, sobretudo, das pessoas. Diante desse cenário tão evidente, não temos o direito – nós da saúde suplementar – de pensar que haverá solução fácil ou imediata apenas para um dos elos da cadeia”, aponta Britto. Para ele, é necessária uma articulação integrada entre os diferentes players da saúde, como indústria farmacêutica, governo, hospitais, seguradores, etc, para uma solução efetiva e estrutural, para ampliar de forma sustentável o acesso à saúde.
Com 75% da população sem acesso a planos de saúde, o próprio SUS é impactado com a chegada de novos pacientes, que não conseguem manter o acesso à saúde suplementar. “Os legislativos têm sido pressionados a agir sobre as consequências, respondendo demandas da população com projetos imediatistas e sem capacidade de transformar o sistema”, afirma.
O Observatório da ANAHP reúne diversos indicadores, como taxa de ocupação hospitalar, internações via urgência/emergência, infarto, receita líquida por saída hospitalar, receita por fonte pagadora, distribuição de despesas, prazo médio de recebimento e outros.
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