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Saúde

Brasil apresenta queda de 18% na busca de exames de mamografia pelo SUS

Fonte: Saúde Business

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é a principal causa de morte por câncer em mulheres de todas as regiões brasileiras, exceto na região Norte, onde o câncer de colo do útero ocupa a primeira colocação. Para dimensionar a atual capacidade do serviço de saúde no Brasil para atendimento e diagnóstico de câncer de mama, uma empresa especializada em inteligência de dados para o setor de saúde, a LifesHub, organizou informações fornecidas pelo Ministério da Saúde permitindo a análise da distribuição de equipamentos mamógrafos com comando simples, mamógrafos com estereotaxia e mamógrafos computadorizados presentes nas regiões brasileiras, dimensionando, também, o volume de exames realizados e de mortalidade devido à evolução da doença.

De acordo com o estudo realizado pela healthtech catarinense, atualmente, o Brasil possui 6.657 equipamentos de mamografia distribuídos em todo o país, sendo que 44% da estrutura fica na região Sudeste, 25% no Nordeste, 15% no Sul, 9% no Centro Oeste e 6% na região Norte.

Em relação à quantidade de estabelecimentos habilitados para a assistência especializada e integral ao paciente com câncer, o país possui 430 estabelecimentos, sendo 356 hospitais gerais, 70 hospitais especializados, 3 clínicas especializadas e 1 hospital dia habilitado para o tratamento do câncer.

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia anual para mulheres a partir dos 40 anos de idade, visando o diagnóstico precoce e a redução da mortalidade. A recomendação difere, entretanto, da indicação do Ministério da Saúde, que preconiza o rastreamento bianual a partir dos 50 anos, excluindo dos programas de prevenção as mulheres entre 40 e 49 anos, que correspondem hoje a cerca de 15 a 20% dos casos de câncer de mama.

Ao todo, no primeiro semestre de 2022 já foram realizados no Brasil 1,8 milhões de mamografias. Números consolidados da realização de exames diagnósticos demonstram que houve uma queda de 18% na busca do procedimento por parte da população brasileira comparando a quantidade de mamografias realizadas em 2018 e 2021, sendo possível que a queda se justifique pelo período de distanciamento devido à pandemia de COVID-19.

Totalizando os exames por mamografia realizados pelo Sistema Único de Saúde – SUS, é possível perceber que apenas 10 Estados tiveram aumento na realização dos procedimentos diagnósticos no comparativo 2018-2021, sendo eles o Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

A mortalidade por câncer de mama aumenta conforme evolui a faixa etária das mulheres, por isso a preocupação em garantir a realização de exames preventivos que possam detectar alterações mamárias o quanto antes, ampliando as possibilidades de tratamento. De acordo com dados fornecidos pelo Atlas de Mortalidade por Câncer do INCA, é possível observar as taxas de óbito específicas por faixas etárias, por 100.000 mulheres, no período de 1980 a 2020, com um crescimento mais acentuado em idades mais avançadas.

Na mortalidade proporcional por câncer em mulheres, no período 2016-2020, os óbitos por câncer de mama ocupam o primeiro lugar no país, representando 16,3% do total. Ainda de acordo com os dados fornecidos pelo INCA, esse padrão é semelhante para as regiões brasileiras, com exceção da região Norte, onde os óbitos por câncer de mama ocupam o segundo lugar, com 13,6%. Os maiores percentuais na mortalidade proporcional por câncer de mama foram os do Sudeste (17,2%) e Centro-Oeste (16,8%), seguidos pelo Nordeste (15,6%) e Sul (15,5%).

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