Fonte: NK Consultores, parceira do Portal NuOn Health
Novo governo Lula deverá ter pelo menos 33 ministros
A nova Esplanada dos Ministérios a partir de 2023 deve ampliar o número de pastas, acabar com o modelo de função em superministérios e abrigar aliados que representem a frente ampla de partidos que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT), informou reportagem da CNN Brasil. De acordo com a publicação, este é o plano do grupo político que venceu as eleições com Lula neste domingo (30). Pelas contas, a Esplanada passaria de 23 para 33 pastas, ao menos. Entre as novas pastas estão Pequenas Empresas, Igualdade Racial, Segurança, Povos Originários e Cultura. A Economia poderá ser dividida mais uma vez em Planejamento e Fazenda. Para a área econômica, que será crucial para colocar em prática a agenda de investimentos propagada pelo governo eleito, estão cotados Fernando Haddad (PT), que perdeu as eleições para o governo de São Paulo, o ex-ministro Henrique Meirelles e também o economista Gabriel Galípolo. O plano é também separar pastas que se transformaram em gigantes da Esplanada, por reunirem diferentes temas conexos debaixo de um mesmo guarda-chuva, mas com dificuldade de gestão. É o caso do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que viraria dois.
Presidente eleito, Lula tem pela frente indicações que vão além do PT
De acordo com reportagem da CNN Brasil, para a vaga de ministro da Justiça, há os nomes do ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB) e do advogado Silvio Almeida. Nas sinalizações, Lula defende o nome de alguém de confiança para a Casa Civil, com experiência para lidar com os outros ministros, governadores e com o Congresso Nacional. Os nomes do governador Rui Costa (PT), da Bahia e do ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT) estão entre os cotados. A pasta da Saúde é considerada uma das mais importantes, para esta função, há avaliação do nome do ex-secretário da Saúde de São Paulo, David Uip, o que é visto como indicação alinhada ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), e também do ex-ministro Alexandre Padilha (PT). Para a Defesa, o novo governo de Lula quer nomear um civil. Por isso, estão em destaque um possível retorno de Aldo Rebelo (PDT) ou até mesmo a concessão da pasta para Alckmin. Aliada na campanha depois de perder o primeiro turno, Simone Tebet (MDB) é apontada como opção para mais de uma pasta Agricultura e Educação. Na Agricultura, ela deve disputar preferências com os senadores Carlos Fávaro (PSD-MT) e Kátia Abreu (PP-TO). Na Educação, há quem defenda o cargo para o ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT). Tema presente no discurso de Lula após ser eleito, o Meio Ambiente poderá ter novamente a ex-ministra Marina Silva (Rede), que foi eleita deputada federal por São Paulo nestas eleições. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) está também cotado.
Cinco governadores são reeleitos e 7 são eleitos no segundo turno; veja lista
Quase 83 milhões de eleitores de 12 estados escolheram seus governadores neste domingo (30), além de terem eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mais uma vez presidente do Brasil, destacou o portal Infomoney. Cinco governadores foram reeleitos no segundo turno, incluindo a vitória de Eduardo Leite (PSDB) no Rio Grande do Sul. Já entre os sete governadores eleitos no segundo turno está Tarcísio de Freitas (Republicanos), que venceu a disputa pelo governo de São Paulo, maior colégio eleitoral do país. Veja abaixo o resultado nos 12 estados onde houve segundo turno: Alagoas: Paulo Dantas (MDB); Amazonas (R): Wilson Lima (União Brasil); Bahia: Jerônimo Rodrigues (PT); Espírito Santo (R): Renato Casagrande (PSB); Mato Grosso do Sul: Eduardo Riedel (PSDB); Paraíba (R): João Azevêdo (PSB); Pernambuco: Raquel Lyra (PSDB); Rio Grande do Sul (R): Eduardo Leite (PSDB); Rondônia (R): Coronel Marcos Rocha (União Brasil); Santa Catarina: Jorginho Mello (PL); Sergipe: Fábio Mitidieri (PSD); São Paulo: Tarcísio de Freitas (Republicanos). (R): Reeleito.(R): Deixou o cargo no início do ano e agora volta ao comando do estado. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
Após eleições, bancada do PL se consolida como a maior no Senado
Com a definição em segundo turno das últimas vagas para comandar os Executivos estaduais, que tinham na disputa alguns senadores, o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, confirmou a maior bancada, informou a Agência Brasil. A partir da próxima legislatura, serão 14 senadores. A sigla vem seguida pelo PSD, com 11; por MDB e União Brasil, com 10 cada um; e pelo PT, com 9. Juntas, essas cinco bancadas terão dois terços das cadeiras do Senado. As projeções para a próxima legislatura consideram as filiações partidárias atuais, e podem mudar se houver mudanças de partido entre os senadores antes do início do ano. Em sua nova configuração, a distribuição será mais concentrada. Das 15 bancadas representadas na Casa, cinco serão maiores com pelo menos 10% da composição (9 senadores). Serão 54 senadores reunidos nessas cinco bancadas, ou dois terços dos parlamentares. No início de 2022 eram apenas três as bancadas grandes, que somavam 36 senadores. No legislativo, ter 10% dos assentos do Senado dá ao partido várias prerrogativas regimentais. No segundo turno cinco senadores – Eduardo Braga (MDB-AM), Marcos Rogério (PL-RO), Rogério Carvalho (PT-SE), Rodrigo Cunha (União-AL) e Jorginho Mello (PL-SC) – concorreram ao cargo de governador de seus estados, mas só o catarinense venceu a disputa local. Ele será substituído pela suplente Ivete da Silveira (MDB-SC). Com apenas um senador em meio de mandato eleito para um governo estadual, a renovação da composição do Senado para 2023 também será a menor desde a redemocratização. No total, 23 senadores, ou 28,4% dos titulares de mandato, não retornarão em 2023. Esse número é formado por 14 que não tentaram a reeleição, 8 que tentaram e não conseguiram e um que assumirá um governo estadual.Apesar disso, a renovação de mandatos em disputa foi alta, sustentando a tendência iniciada em 2018. A taxa de reeleição para o Senado foi de 38,5%. Desde a redemocratização do país, é a primeira vez que duas eleições consecutivas resultam em menos de 40% dos senadores renovando o mandato.
Bolsonaro prepara discurso para reconhecer derrota com críticas ao processo eleitoral
O presidente Jair Bolsonaro (PL) se prepara para reconhecer ainda nesta segunda-feira a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após quase 20 horas de silêncio. Na gravação, ele também pretende fazer críticas ao processo eleitoral, informou o Estado de S. Paulo. Apesar de a fala estar prevista para hoje, aliados dizem que Bolsonaro está indeciso e ainda cogita deixar o gesto para amanhã. A palavra final será dada por ele, que foi para o Palácio da Alvorada no final da tarde para pensar. De acordo com aliados, a ideia é que ele faça um discurso para enaltecer os 58 milhões de votos que recebeu. Em seguida, deverá fazer algum tipo de contestação que não valide o resultado por completo, para insinuar que teria sido injustiçado. A demora para a fala ocorre porque há dúvidas sobre o formato desse questionamento. Aliados querem que o presidente adote um tom de voz moderado, sem “esbravejar” ou fazer ameaças. Assim, a ideia é valorizar o desempenho do presidente nas urnas. Pessoas próximas alegam que a contestação ficará “dentro do sistema constitucional”, nos moldes do que foi feito por Aécio Neves, do PSDB, em 2014. Ainda não se sabe se Bolsonaro chegará a pedir recontagem de votos, como fez o tucano.
Como foi a conversa entre Lula e Arthur Lira
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, tiveram uma conversa “amistosa” na noite desse domingo (31/10), segundo aliados de ambos, informou coluna de Igor Gadelha no jornal Metrópoles. Segundo a coluna, Lira ligou para Lula quando o petista estava no carro a caminho do hotel, no bairro dos Jardins, em São Paulo, onde faria seu primeiro pronunciamento como presidente eleito. Lula tinha acompanhado toda a apuração dos votos em sua casa, no bairro Alto de Pinheiros, Zona Oeste da capital paulista. Segundo relatos de quem presenciou a conversa entre Lula e Lira, o presidente da Câmara parabenizou o petista pela vitória da eleição e se colocou à disposição para dialogar. Lula, por sua vez, disse que gostaria de encontrar o deputado pessoalmente. Os dois, porém, não chegaram a marcar uma data para a reunião. A expectativa é de que ela ocorra ainda em novembro. Na conversa, o presidente eleito lembrou ainda que era muito amigo do pai do presidente da Câmara, Benedito Lira. Atual prefeito de uma cidade em Alagoas, Benedito era deputado quando Lula ocupava a Presidência.
Senador Jean-Paul Prates é cotado para presidir a Petrobras a partir de 2023
O senador Jean-Paul Prates (PT-RN) é um dos nomes mais cotados para assumir a presidência da Petrobras em 2023. Segundo o Estadão/Broadcast apurou, a ideia seria inserir a empresa de forma mais abrangente no mundo das energias renováveis. E Prates seria um bom nome por ter sido um dos protagonistas no marco regulatório da geração de energia eólica offshore (no mar). Segundo fontes, o senador estaria sendo cotado também para o Ministério de Minas e Energia, mas teria mais interesse na estatal, uma vez que consideraria o foco do ministério amplo demais. Advogado e economista, Prates tem quase 30 anos de experiência no setor de petróleo e gás. Ele foi consultor antes de seguir carreira política. A avaliação do próximo governo é de que a Petrobras deve buscar aumentar a produção de gás natural como uma “ponte” de transição para o hidrogênio, enquanto as refinarias serão parcialmente convertidas para a produção de biocombustíveis. Ainda sem martelo batido, existe também a possibilidade da construção de uma nova refinaria no País, mas também já dentro do novo conceito de biorrefinarias. Com os planos de expansão no refino, o processo de venda das refinarias em andamento será abandonado, respeitando todos os contratos que já estiverem assinados. Antes de qualquer movimento, a nova gestão da empresa vai analisar todos os processos em curso. O entendimento do novo governo é de que não faz sentido a gigante Petrobras limitar seus investimentos na produção do pré-sal, mas sim “mesclá-los” à transição para energias mais limpas. Deverá haver mudanças também na política de preços, o que deverá incluir o fim da política de paridade de importação (PPI), conforme disse o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha.
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