Fonte: Redação
A prescrição de medicamentos para insônia no Brasil, como Zolpidem e Clonazepam, segue alta e registra crescimento de 12% no semestre, segunda a ANVISA.
A tendência vem sendo observada desde o início da pandemia. Entre 2020 e 2023, as prescrições apresentaram um salto de 50% no país.
Esse aumento é atribuído, em parte, aos impactos da pandemia de COVID-19, que geraram estresse, ansiedade e distúrbios do sono na população.
Embora o Zolpidem seja eficaz para induzir o sono a curto prazo, o uso prolongado pode levar à dependência física e psicológica. Quando o indivíduo interrompe o consumo, sintomas como insônia, irritabilidade, ansiedade, tremores, sudorese e até mesmo convulsões podem surgir, caracterizando a síndrome de abstinência.
Um estudo recente publicado no Brazilian Journal of Psychiatry descobriu que 65% dos pacientes que utilizaram Zolpidem por mais de seis semanas apresentaram sintomas de abstinência após a descontinuação abrupta do medicamento.
Como parar
Para evitar esses efeitos indesejáveis, é importante que o processo de desmame do Zolpidem seja gradual e sob supervisão médica especializada. O médico definirá um plano individualizado de redução da dosagem ao longo de semanas ou meses, minimizando os sintomas de abstinência e aumentando as chances de sucesso.
Além da medicação, o tratamento para a insônia crônica deve incluir medidas não farmacológicas, como terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I), técnicas de relaxamento e mudanças na higiene do sono.